Título: Emprestado da Septuaginta (v. 4215). Na Bíblia hebraica, é chamado Kohelet.
Embora o significado da palavra seja incerto, tem sido traduzida em português por
“pregador”, ou alguém que dirige uma reunião.
Autor: Indeterminado, ainda que comumente se aceite que tenha sido Salomão, 1:1,2.
A julgar pelo que a Bíblia conta sobre sua vida, muitas das experiências relatadas em
Eclesiastes parecem corresponder às desse rei.
Texto-chave: 12:13.
Expressões-chave: “Inutilidade” e “debaixo do sol”, cada uma ocorrendo mais de 25
vezes.
Conteúdo: O livro contém as reflexões e experiências de um filósofo cuja mente estava
em conflito sobre os problemas da vida.
Após discorrer sobre as próprias desilusões, apresenta o enfoque do materialismo —
epicurista não há nada melhor que o gozo carnal dos prazeres da vida.
À medida que essa idéia aparece repetidamente ao longo do livro, é evidente que o
escritor luta contra ela, ao mesmo tempo em que expressa verdades profundas acerca do
dever e das obrigações do homem para com Deus.
Finalmente, parece sair de suas especulações e dúvidas até alcançar a conclusão nobre
de 12:13. “Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial
para o homem”.
SINOPSE
I. Cap. 1 e 2
1. Introdução
Reflexões sobre a rotina monótona da vida, 1:1-11.
2. A busca de satisfação e felicidade pelo homem natural
a) Não se encontra na aquisição de sabedoria, 1:12-18
b) Não se encontra no prazer mundano, 2:1-3
c) Não se encontra na arte ou na agricultura, 2:4-6
d) Não se encontra nas grandes possessões, 2:7-11
3. Conclusões
a) O sábio é superior ao insensato, 2:12-21
b) Do epicurista. não há nada melhor do que comer, beber e gozar a vida, 2:24-26
II. Cap. 3
O ponto de vista do homem natural acerca da cansativa rotina da vida.
1. Há um tempo para tudo, v. 1-8
2. A conclusão do materialista, v. 13-22
III. Cap. 4
1. O estudo dos males sociais afasta da fé, v. 1-15
2. Conclusão. tudo é sem sentido e inútil, v. 16
IV. Cap. 5
1. Conselhos acerca dos deveres religiosos, v. 1-7
2. A insignificância das riquezas, v. 9-17
3. A conclusão é. comer, beber e gozar a vida, v. 18-20
V. Cap. 6
A falta de sentido de uma vida longa, v. 3-12
VI. Cap. 7
1. Série de ditos sábios, v. 1-24
2. Conclusões acerca da mulher má, v. 25-28
VII. Cap. 8
1. Deveres civis, v. 1-5
2. A incerteza da vida, v. 6-8
3. A certeza do juízo divino e as injustiças da vida, v. 10-14
4. A conclusão epicurista, v. 15
5. A obra de Deus e o homem, v. 16,17
VIII. Cap. 9
1. Coisas similares sucedem aos justos e aos maus; o túmulo é a meta da vida, o
homem é uma criatura de circunstâncias. Conclusão epicurista. “Comamos e bebamos,
porque amanhã morreremos”, v. 1-9
2. A sabedoria é preeminente, ainda que às vezes não seja apreciada, v. 13-18
IX. Cap. 10
Vários ditos sábios, o contraste entre a sabedoria e a insensatez etc.
X. Cap. 11
1. Conselhos acerca da generosidade, v. 1-6
2. Conselhos ao jovem, v. 9,10
XI. Cap. 12
1. Descrição poética da velhice, v. 1-7
2. Últimas palavras do mestre (ou pregador) e conclusão final acerca do dever
primordial do homem, v. 8-14
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