Seus pais. Era filho de Davi e de Bate-Seba, 2Sm 12:24-25. Foi afortunado e
desafortunado com relação aos pais e ao ambiente que rodeava seu lar.
Foi afortunado em ter um pai como Davi, grande gênio que, no geral, foi
espiritualmente fiel.
Foi desafortunado porque alguns elementos no exemplo de seu pai inevitavelmente
causaram efeito prejudicial à vida do jovem.
Foi criado em um lar em que se praticava a poligamia e havia muitas lutas e invejas.
Acesso ao trono. Apesar de ter muitos filhos, Davi prometeu que Salomão seria seu
sucessor e que seria ungido rei antes da morte de seu pai, 1Rs 1:17-39.
Os primeiros anos de seu reinado. Considerando a época em que viveu, começou bem
seu reinado, mas cometeu um grande erro ao escolher como esposa a filha de um rei
pagão, 1Rs 3:1. Sem dúvida, foi um ato de conveniência política e a primeira de suas
alianças com estrangeiros — e todas influenciaram sua decadência moral.
Sua sabedoria. Foi um dom especial de Deus. No começo de seu reinado, teve uma
visão em Gibeom, na qual o Senhor lhe apareceu, propondo que pedisse o que quisesse.
Salomão confessou sua debilidade e ignorância ao declarar: “Dá, pois, ao teu servo um
coração cheio de discernimento”. Sua petição foi concedida, e o Senhor prometeu que
Salomão seria o mais sábio dos homens e que teria grandes riquezas e honra. A
promessa foi cumprida, pois superou em sabedoria todos os grandes homens de sua
época. Compôs 3 mil provérbios e 1005 cânticos. Sua fama estendeu-se por todo o
mundo, 1Rs 4:29-34.
Sua política e seus empreendimentos. Realizou os planos de seu pai, Davi, consolidou o
reino e comprometeu-se em muitas empresas comerciais, enquanto crescia sua riqueza e
sua fama. Seu maior empreendimento foi a construção do luxuoso Templo, em
Jerusalém, que durou sete anos, 1Rs 5 e 6. Ao concluí-lo, Salomão ofereceu uma oração
de dedicação, 2Cr 6:12—7:3.
Seus últimos anos. Foi honrado pela rainha de Sabá, 1Rs 10:1-13. À medida que
riquezas e honra lhe eram acrescentadas, seu amor pela pompa crescia. Mantinha um
estilo de vida luxuoso e extravagante, muito além do que permitiam os recursos do
povo, 1Rs 10:14-29. Isso gerou descontentamento social e preparou o caminho para a
divisão do reino, 1Rs 12:4-19.
Sua queda moral e sua idolatria. Finalmente, Salomão naufragou em luxúria.
Influenciado pelas muitas esposas, introduziu o culto a falsos deuses em Jerusalém, 1Rs
11:1-8. Foi repreendido severamente pelo Senhor e, devido à sua apostasia, foi
profetizada a divisão do reino já no governo de seu filho, v. 9-13.
A questão de seu arrependimento. Nada se sabe com certeza quanto ao fim de sua vida.
Os estudiosos das Escrituras têm debatido se, finalmente, ele se arrependeu e voltou
para Deus. Os que acreditam que ele escreveu o livro de Eclesiastes vêem-no
viajando ali pelo labirinto da filosofia humana e finalmente emergindo para a luz da fé
na providência divina.
Sua vida serve de advertência. É conhecido como o mais sábio dos homens. No entanto,
sua sabedoria não lhe ensinou o domínio próprio. Ministrou bem, mas deixou de colocar
em prática os próprios preceitos. Ao descrever o néscio no livro dos Provérbios, pinta
um quadro vívido dos próprios fracassos.
V. tb. 4248.
Ver tb: 2Sm 5:14, 2Sm 12:24, 1Rs 1:11, 1Rs 1:30, 1Rs 1:39, 1Rs 2:1, 1Rs 3:1, 1Rs 4:1,
1Rs 5:1, 1Rs 6:1, 1Rs 7:1, 1Rs 8:1, 1Rs 9:1, 1Rs 10:1, 1Rs 10:16, 1Rs 11:1, 1Rs 11:40,
2Rs 23:13, 2Rs 25:16, 1Cr 3:5, 1Cr 3:10, 1Cr 14:4, 1Cr 18:8, 1Cr 22:5, 1Cr 22:6, 1Cr
23:1, 1Cr 28:5, 1Cr 28:20, 1Cr 29:23, 2Cr 2:1, 2Cr 3:1, 2Cr 5:1, 2Cr 6:1, 2Cr 7:1, 2Cr
8:1, 2Cr 9:1, 2Cr 9:23, 2Cr 9:31, 2Cr 30:26, Ed 2:55, Ne 7:57, Ne 13:26, Pv 1:1, Ct 3:9,
Ct 8:11, Jr 52:20, Mt 1:7, Mt 12:42, Lc 11:31, Lc 12:27
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