Autor: O apóstolo Pedro (v. 3071). Esse não era o Simão Pedro do começo, impulsivo
e cheio de fraquezas, a quem Cristo chamou Simão, Mc 14:37; Lc 22:31; Jo 21:15-17,
mas o Pedro que, segundo Cristo profetizou, se converteria em uma rocha, Jo 1:42 — o
mesmo homem que fora disciplinado durante anos de sofrimentos e provas e fortalecido
com o batismo no Espírito Santo. A carta, evidentemente, pertence aos últimos períodos
de sua vida.
Data e lugar: Indeterminados. A Babilônia à qual se refere (5:13) pode não ser a cidade
às margens do rio Eufrates. Muitos crêem que se trata de Roma, chamada figuradamente
Babilônia.
Destinatários: Os eleitos espalhados pela Ásia Menor. Provavelmente a todo o corpo
de cristãos da região, tanto judeus quanto gentios. Pedro envia essa mensagem espiritual
de ânimo, instrução e admoestação especialmente às igrejas fundadas por Paulo.
Propósito: Ao escrever esta carta, Pedro obedeceu duas ordens específicas dadas por
Jesus. 1) animar e fortalecer os irmãos, Lc 22:32; 2) alimentar o rebanho de Deus, Jo
21:15-17.
Palavra-chave: “Sofrimento”, que ocorre quinze vezes ou mais na carta.
Texto-chave: 4:1.
Tema principal: A vitória sobre o sofrimento, exemplificada na vida de Cristo.
SINOPSE
I. Saudação, 1:1,2
II. A salvação gloriosa, 1:3-21
1. A esperança viva, baseada na ressurreição de Cristo, v. 3
2. Herança incorruptível, v. 4
3. Poder divino mediante o qual os crentes são protegidos em meio ao sofrimento
a) Por meio da fé, v. 5
b) Pelo regozijo nas provas, v. 6
c) Permanecendo como ouro refinado no fogo até a vinda de Cristo, v. 7
d) Em amor e alegria indescritíveis, v. 8
4. Plano misterioso
a) inquirido pelos profetas, que predisseram os sofrimentos de Cristo e a glória a ser
revelada nos últimos tempos; um anseio dos anjos, v. 10-12
b) Chama os crentes ao domínio próprio, à obediência, à espiritualidade, à santidade e
à reverência piedosa, v. 13-17
c) Seu custo incalculável, v. 18,19
d) Conhecido antes da criação do mundo, v. 20,21
III. A vida do crente à luz da grande salvação, 1:22—2:8
1. Deve ser purificada e regenerada pela verdade eterna, demonstrando amor fraternal,
1:22-25
2. Deve estar livre das más inclinações e desejar o leite da Palavra para crescer, 2:1-3
3. Deve ser pedra viva no templo espiritual do qual Cristo é a pedra angular, 2:5,6
4. Deve reconhecer a Cristo como precioso, o qual foi rejeitado e serve de tropeço aos
que não crêem, 2:7,8
IV. Posição e deveres dos crentes, 2:9—3:13
1. Geração nobre e santa, os crentes devem oferecer louvor ao Libertador divino, 2:9,10
2. Como estrangeiros e peregrinos, devem abster-se dos desejos carnais, 2:11
3. Deveres civis e sociais. conduta irrepreensível perante o mundo, obediência às
autoridades civis, silenciando assim a crítica hostil, 2:12-15
4. Devem ser bons cidadãos, 2:16,17
5. Deveres no lar cristão
a) Dos servos. ser obedientes e pacientes, ainda que em meio ao sofrimento injusto,
agradando assim a Deus, 2:18-20
b) Cristo é o modelo do sofredor, pois levou o peso do pecado, 2:21-25
c) Da esposa: ser pura e adornar-se com virtudes espirituais, 3:1-6
d) Do esposo: tratar a esposa com consideração, 3:7
e) De todos: ser amorosos, compassivos, amáveis, atentos e misericordiosos, 3:8,9
f) Recordar que a longa vida e a resposta às orações são prometidas aos que dominam a
própria língua, abandonam o mal, fazem o bem e vivem em paz, 3:10-13
V. Instruções e estímulo acerca do sofrimento, 3:14—4:19
1. O sofrimento por causa da justiça é motivo de alegria, não de temor, mas o cristão
deve estar pronto a dar testemunho de sua experiência cristã e viver uma vida
irrepreensível, 3:14-17
2. O exemplo do sofrimento vicário de Cristo, de sua obra espiritual e de sua exaltação,
3:18-22
3. Os sofrimentos de Cristo devem levar-nos à abnegação, à consagração a Deus e ao
abandono dos excessos sensuais do passado, 4:1-3
4. Parêntese. Instruções acerca dos deveres práticos da vida cristã, que glorificam a
Deus, 4:7-11
5. Não devemos estranhar as provas duras, e sim suportá-las com alegria, 4:12
6. O sofrimento com Cristo e por Cristo deve ser suportado com alegria, pois conduz à
glória espiritual, 4:13,14
7. Não devemos sofrer como praticantes do mal. Mas quando sofremos como cristãos,
devemos glorificar a Deus e colocar nossa alma ao seu cuidado, 4:15-19
VI. Exortações e advertências finais, cap. 5
1. Aos presbíteros da igreja, acerca do espírito com que devem alimentar o rebanho, v.
1-4
2. Jovens e idosos devem ser humildes e confiantes, v. 5-7
3. Advertências acerca do Diabo, v. 8,9
4. Bênção e saudações, v. 10-14
O Cristo de Pedro
Fonte de esperança, 1:3.
Cordeiro do sacrifício, 1:19.
Principal pedra angular, 2:6.
Exemplo perfeito, 2:21.
Sofreu pelo ideal, 2:23.
Levou o pecado, 2:24.
Pastor das almas, 2:25.
Senhor exaltado, 3:22.
Sete coisas preciosas nas cartas de Pedro
1. As provas severas, 1:7.
2. O sangue de Cristo, 1:19.
3. A pedra viva, 2:4.
4. O próprio Cristo, 2:6.
5. O espírito manso e tranqüilo, 3:4.
6. A fé do crente, 2Pe 1:1.
7. As promessas divinas, 2Pe 1:4.
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