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segunda-feira, 28 de maio de 2012

ISRAEL, ISLÃ E O ARMAGEDON






ISRAEL NO FIM DOS TEMPOS

Ataques contra Israel no final dos tempos

Esse é um sinal que acontecerá em um futuro próximo, de acordo com as profecias de Ezequiel, nos capítulos 38 e 39. Segundo estas profecias, Israel sofrerá uma invasão por parte da Rússia e seus países aliados. A justificativa de tal conclusão de que esse sinal acontecerá no futuro é a seguinte:

  • Até o momento, Israel não sofreu nenhuma invasão russa durante toda a história da humanidade;
  • Essa profecia vem depois de Ezequiel 37, que profetiza a criação do Estado de Israel.
Existem ainda outros motivos que explicaremos a seguir que provam que o país identificado por Ezequiel é a Rússia. Para isso, primeiramente temos que interpretar o que está em Ezequiel 38. Vejamos Ezequiel 38:
  1. Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
  2. Filho do homem, dirige o teu rosto contra Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque, e Tubal, e profetiza contra ele.
  3. E dize: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal;
  4. E te farei voltar, e porei anzóis nos teus queixos, e te levarei a ti, com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos vestidos com primor, grande multidão, com escudo e rodela, manejando todos a espada;
  5. Persas, etíopes, e os de Pute com eles, todos com escudo e capacete;
  6. Gômer e todas as suas tropas; a casa de Togarma, do extremo norte, e todas as suas tropas, muitos povos contigo.
  7. Prepara-te [Gogue], e dispõe-te, tu e todas as multidões do teu povo que se reuniram a ti, e serve-lhes tu de guarda.
  8. Depois de muitos dias serás visitado. No fim dos anos virás à terra que se recuperou da espada, e que foi congregada dentre muitos povos, junto aos montes de Israel, que sempre se faziam desertos; mas aquela terra foi tirada dentre as nações, e todas elas habitarão seguramente.
  9. Então subirás, virás como uma tempestade, far-te-ás como uma nuvem para cobrir a terra, tu e todas as tuas tropas, e muitos povos contigo.
  10. Assim diz o Senhor Deus: E acontecerá naquele dia que subirão palavras no teu coração, e maquinarás um mau desígnio,
  11. E dirás: Subirei contra a terra das aldeias não muradas; virei contra os que estão em repouso, que habitam seguros; todos eles habitam sem muro, e não têm ferrolhos nem portas;
  12. A fim de tomar o despojo, e para arrebatar a presa, e tornar a tua mão contra as terras desertas que agora se acham habitadas, e contra o povo que se congregou dentre as nações, o qual adquiriu gado e bens, e habita no meio da terra [Palestina].
  13. Sebá e Dedã, e os mercadores de Társis, e todos os seus leõezinhos [ou áreas próximas] te dirão: Vens tu para tomar o despojo? Ajuntaste a tua multidão para arrebatar a tua presa? Para levar a prata e o ouro, para tomar o gado e os bens, para saquear o grande despojo?
  14. Portanto, profetiza, ó filho do homem, e dize a Gogue: Assim diz o Senhor Deus: Porventura não o saberás naquele dia, quando o meu povo Israel habitar em segurança?
  15. Virás, pois, do teu lugar, do extremo norte, tu e muitos povos contigo, montados todos a cavalo, grande ajuntamento, e exército poderoso,
  16. E subirás contra o meu povo Israel, como uma nuvem, para cobrir a terra. Nos últimos dias sucederá que hei de trazer-te contra a minha terra, para que os gentios me conheçam a mim, quando eu me houver santificado em ti [conhecido e honrado por tua súbita destruição], ó Gogue, diante dos seus olhos.
  17. Assim diz o Senhor Deus: Não és tu aquele de quem eu disse nos dias antigos, por intermédio dos meus servos, os profetas de Israel, os quais naqueles dias profetizaram largos anos, que te traria [Gogue] contra eles?
  18. Sucederá, porém, naquele dia, no dia em que vier Gogue contra a terra de Israel, diz o Senhor Deus, que a minha indignação subirá à minha face.
  19. Porque disse no meu zelo, no fogo do meu furor, que, certamente, naquele dia haverá grande tremor sobre a terra de Israel;
  20. De tal modo que tremerão diante da minha face os peixes do mar, e as aves do céu, e os animais do campo, e todos os répteis que se arrastam sobre a terra, e todos os homens que estão sobre a face da terra; e os montes serão deitados abaixo, e os precipícios se desfarão, e todos os muros [tantos os naturais como os que foram feitos por mãos humanas] desabarão por terra.
  21. Porque chamarei contra ele [Gogue] a espada sobre todos os meus montes, diz o Senhor Deus; a espada de cada um se voltará contra seu irmão [para dividir os seus despojos].
  22. E contenderei com ele [Gogue] por meio da peste e do sangue; e uma chuva inundante, e grandes pedras de saraiva, fogo, e enxofre farei chover sobre ele, e sobre as suas tropas, e sobre os muitos povos que estiverem com ele.
  23. Assim eu me engrandecerei e me santificarei, e me darei a conhecer aos olhos de muitas nações; e saberão que eu sou o Senhor [o Governador Soberano, que chama por lealdade e serviço obediente].
O versículo 2 de Ezequiel 38 menciona sobre Gogue, da terra de Magogue. A genealogia de Gogue aparece em Gênesis 10:2 e também em 1 Crônicas 1:5:
  • Gênesis 10:2
    "Os filhos de Jafé são: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras."
Gogue, da terra de Magogue, segundo os historiadores, corresponde aos russos, porque se referem a um povo de origem bárbara, que migrou para o norte da Europa e da Ásia. Gogue, que no versículo 2 aparece como "príncipe e chefe de Meseque e Tubal", na verdade é "príncipe de Rosh, Meseque e Tubal". Acontece que rosh também significa príncipe em hebraico, mas vários historiadores concluíram que essa não é a tradução correta. Rosh é, na verdade, um nome próprio. Em outras palavras, exatamente de Rosh vem o nome atual Rússia para designar o mesmo povo.
Além disso, a hipótese é amplamente reforçada em Ezequiel 39:2, que diz que Gogue e Magogue são do Norte. Ao olharmos o mapa múndi, verificamos que Moscou está diretamente ao norte de Jerusalém. Portanto, Gogue e Magogue muito provavelmente correspondem à atual Rússia.
Deus não somente revelou a Rússia, mas também os aliados da Rússia durante a invasão. São eles:
  • Magogue (verso 2): repúblicas islâmicas do sul da antiga União Soviética
  • Meseque e Tubal (verso 2): Turquia
  • Persas (verso 5): Irã
  • Cuxe (verso 5): Etiópia ou Sudão
  • Pute (verso 5): Líbia (a tradução na Linguagem de Hoje já nomeia "Líbia" em vez de "Pute")
  • Gômer e Togarma (verso 5): Turquia
Temos que considerar aqui, que quando Ezequiel teve essa revelação, assim como aconteceu com João em Apocalipse, Ezequiel usou o vocabulário de sua época para descrever a profecia, inclusive para os nomes dos invasores de Israel, utilizando os nomes que estes países ou regiões possuíam na época em que a profecia foi escrita.
A Líbia recentemente entrou no noticiário anunciando seu desarmamento. As imagens da Rede Globo (Rede de TV brasileira) a respeito dessa notícia mostram que todo o poderio bélico da Líbia foi fornecido por Moscou, na extinta União Soviética, seu parceiro militar, hoje a Rússia. A inscrição CCCP(União Soviética, em russo) aparece nitidamente em todos os tanques líbios.
Também recentemente, o líder líbio Muamar Kadafi deixou claramente transparecer seu ódio por Israel em reuniões de cúpula dos países árabes. A Rússia também declarou ampla ajuda ao desenvolvimento da tecnologia nuclear do Irã, se dizendo obrigada a fazê-lo, pois são parceiros. Essa declaração colocou o mundo em arrepios, no que se diz respeito à segurança.
Portanto, a denúncia da aliança entre esses países e os elos para o cumprimento dessa profecia estão claramente se formando, o que está em conformidade com a Palavra de Deus.
Desde quando EUA e a URSS travavam a famosa Guerra Fria, Israel sempre foi considerado um grande obstáculo para a URSS e para os países árabes. A URSS simplesmente não atacava Israel porque Israel sempre possuiu um poder bélico poderoso e da mais alta tecnologia, além de Israel ser aliado dos EUA.
Apesar da profecia dizer que Israel será invadido, essa invasão será frustrada. Deus promete garantir a proteção a Israel, conforme Ezequiel 39:
  1. TU, pois, ó filho do homem, profetiza ainda contra Gogue, e dize: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal.
  2. E te farei voltar, mas deixarei uma sexta parte de ti, e far-te-ei subir do extremo norte, e te trarei aos montes de Israel.
  3. E, com um golpe, tirarei o teu arco da tua mão esquerda, e farei cair as tuas flechas da tua mão direita.
  4. Nos montes de Israel cairás [morto], tu e todas as tuas tropas, e os povos que estão contigo; e às aves de rapina, de toda espécie, e aos animais do campo, te darei por comida.
  5. Sobre a face do campo cairás, porque eu o falei, diz o Senhor Deus.
  6. E enviarei um fogo sobre Magogue e entre os que habitam seguros nas ilhas; e saberão que eu sou o Senhor [o Governador Soberano, que chama por lealdade e serviço obediente].
  7. E farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo Israel, e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e os gentios saberão que eu sou o Senhor, o Santo em Israel.
  8. Eis que vem, e se cumprirá, diz o Senhor Deus; este é o dia de que tenho falado.
  9. [quando tu, Gogue, não existires mais] os habitantes das cidades de Israel sairão, e acenderão o fogo, e queimarão as armas, e os escudos e as rodelas, com os arcos, e com as flechas, e com os bastões de mão, e com as lanças; e acenderão fogo com elas por sete anos.
  10. E não trarão lenha do campo, nem a cortarão dos bosques, mas com as armas acenderão fogo; e roubarão aos que os roubaram, e despojarão aos que os despojaram, diz o Senhor Deus.
  11. E sucederá que, naquele dia, darei ali a Gogue um lugar de sepultura em Israel, o vale dos que passam ao oriente do mar [Morto, a passagem entre a Síria, Petra e o Egito]; e pararão os que por ele passarem; e ali sepultarão a Gogue, e a toda a sua multidão, e lhe chamarão o vale da multidão de Gogue [multitude de Gogue].
  12. E a casa de Israel os enterrará durante sete meses, para purificar a terra.
  13. Sim, todo o povo da terra os enterrará, e será para eles memo-rável dia em que eu for glorificado, diz o Senhor Deus.
  14. E separarão homens que incessantemente percorrerão a terra, para que eles, juntamente com os que passam, sepultem os que tiverem ficado sobre a face da terra, para a purificarem; durante sete meses farão esta busca.
  15. E os que percorrerem a terra, a qual atravessarão, vendo algum osso de homem, porão ao lado um sinal; até que os enterradores o tenham enterrado no vale da multidão de Gogue.
  16. E também o nome da cidade [dos mortos] será Hamona [multitude]; assim purificarão a terra.
  17. Tu, pois, ó filho do homem, assim diz o Senhor Deus, dize às aves de toda espécie, e a todos os animais do campo: Ajuntai-vos e vinde, congregai-vos de toda parte para o meu sacrifício, que eu ofereci por vós, um sacrifício grande, nos montes de Israel, e comei carne e bebei sangue.
  18. Comereis a carne dos poderosos e bebereis o sangue dos príncipes da terra; dos carneiros, dos cordeiros, e dos bodes, e dos bezerros, todos cevados de Basã [leste do Jordão].
  19. E comereis a gordura até vos fartardes e bebereis o sangue até vos embebedardes, do meu sacrifício que ofereci por vós.
  20. E, à minha mesa, fartar-vos-ei de cavalos, de carros, de poderosos, e de todos os homens de guerra, diz o Senhor Deus.
  21. E eu porei a minha glória entre os gentios e todos os gentios verão o meu juízo [em punição], que eu tiver executado, e a minha mão, que sobre elas tiver descarregado.
  22. E saberão os da casa de Israel que eu sou o Senhor seu Deus, desde aquele dia em diante.
  23. E os gentios saberão que os da casa de Israel, por causa da sua iniqüidade, foram levados em cativeiro, porque se rebelaram contra mim, e eu escondi deles a minha face, e os entreguei nas mãos de seus adversários, e todos caíram à espada [no cativeiro ou mortos].
  24. Conforme a sua imundícia e conforme as suas transgressões me houve com eles, e escondi deles a minha face.
  25. Portanto assim diz o Senhor Deus: Agora tornarei a trazer os cativos de Jacó, e me compadecerei de toda a casa de Israel; zelarei pelo meu santo nome.
  26. E levarão sobre si a sua vergonha, e toda a sua rebeldia, com que se rebelaram contra mim, quando eles habitarem seguros na sua terra, sem haver quem os espante.
  27. Quando eu os tornar a trazer de entre os povos, e os houver ajuntado das terras de seus inimigos, e eu for santificado neles aos olhos de muitas nações,
  28. Então saberão que eu sou o Senhor seu Deus, vendo que eu os fiz ir em cativeiro entre os gentios, e os ajuntarei para voltarem a sua terra, e não mais deixarei lá nenhum deles [nos últimos dias].
  29. Nem lhes esconderei mais a minha face, pois derramarei o meu espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor Deus.
De acordo com Ezequiel 39, no momento da invasão Deus protegerá Israel de maneira sobrenatural, derrotanto e humilhando a TODOS os invasores. Note que, em Ezequiel 39:12, Deus derrotará os inimigos de Israel de tal maneira que os israelenses passarão sete meses sepultando os corpos e limpando a terra invadida. A profecia garante que, em um determinado momento, num futuro próximo, a invasão acontecerá.
A Palavra não especifica se tal profecia se cumprirá antes ou depois do Arrebatamento. Portanto, não sabemos se ainda estaremos aqui na terra para ver estes milagres maravilhosos do Senhor protegendo a Israel.

Algumas DAS DeclaraÇÕes PolÊmicas do Presidente Iraniano MAHMOUD AHMADINEJAD

Fonte: Folha de São Paulo

2005 - "[Israel] deveria ser varrido do mapa." - "[O Holocausto é] o mito do massacre dos judeus."
Maio de 2006 - "O Irã controla hoje a totalidade do ciclo do combustível nuclear, de A a Z, graças aos jovens cientistas iranianos. Se [nossos inimigos] cometerem o mínimo dano contra o povo iraniano, se cometerem a mínima agressão, receberão uma bofetada histórica."
Julho de 2006 - "O problema de fundo no mundo islâmico é a existência do regime sionista (Israel) e o mundo islâmico e a região devem se mobilizar para que este problema desapareça."
Outubro de 2006 - "Nosso país havia anunciado anteriormente que este regime [Israel] é ilegítimo desde sua fundação. É um Estado fabricado, que foi imposto às nações da região, e não pode sobreviver." - "Estamos dizendo a vocês (países do Ocidente) que a fúria das nações (do Oriente Médio) está em ebulição." - "O oceano das nações está em movimento, e se uma tempestade se iniciar, vocês podem ter certeza de que não se limitará às fronteiras geográficas da Palestina." - "Esse regime (sionista) não durará, e tragará até seus simpatizantes para as profundezas de um pântano."
Dezembro de 2006 - "Assim como a União Soviética desapareceu, em breve o regime sionista desaparecerá."
Janeiro de 2007 - "Eles [israelenses] conhecem bem o poder do povo iraniano. Eu não acredito que eles terão algum dia a ousadia de nos atacar. Eles não fariam algo tão estúpido."
Fevereiro de 2007 - "O Irã desenvolveu tecnologia para produzir combustível nuclear, movendo-se como um trem que não tem freio nem marcha à ré."
Março de 2007 - "Não há nenhum local do mundo que sofra com divisões e guerras se os EUA e os sionistas [Israel] não tiverem colocado suas mãos lá."





Primeiro, é importante entender que nem todos os árabes são muçulmanos, e nem todos os muçulmanos são árabes. Enquanto a maioria dos árabes é muçulmana, há muitos árabes não-muçulmanos. Além disso, há significantemente mais muçulmanos não-árabes (em áreas como a Indonésia e a Malásia) do que muçulmanos árabes. Segundo, é importante lembrar que nem todos os árabes odeiam os judeus, que nem todos os muçulmanos odeiam os judeus, e que nem todos os judeus odeiam os árabes e os muçulmanos. Nós devemos ter o cuidado de não estereotipar as pessoas. No entanto, dito isso, falando em sentido geral, árabes e muçulmanos têm desgosto e desconfiança dos judeus, e vice-versa.

Se há uma explicação bíblica explícita para esta animosidade, ela remonta aos tempos de Abraão. Os judeus são descendentes de Isaque, filho de Abraão. Os árabes são descendentes de Ismael, também filho de Abraão. Sendo Ismael filho de uma mulher escrava (Gênesis 16:1-6) e Isaque sendo o filho prometido que herdaria as promessas feitas a Abraão (Gênesis 21:1-3), obviamente haveria alguma animosidade entre os dois filhos. Como resultado das provocações de Ismael contra Isaque (Gênesis 21:9), Sara disse para Abraão mandar embora Agar e Ismael (Gênesis 21:11-21). Isto causou no coração de Ismael ainda mais contenda contra Isaque. Um anjo até profetizou a Agar que Ismael viveria em hostilidade contra todos os seus irmãos (Gênesis 16:11-12).

A religião do Islã, à qual a maioria dos árabes é aderente, tornou essa hostilidade mais profunda. O Alcorão contém instruções de certa forma contraditórias para os muçulmanos em relação aos judeus. Em certo ponto, ele instrui os muçulmanos a tratar os judeus como irmãos, mas em outro ponto, ordena que os muçulmanos ataquem os judeus que se recusam a se converter ao Islã. O Alcorão também introduz um conflito sobre o qual filho de Abraão era realmente o filho da promessa. As Escrituras hebraicas dizem que era Isaque. O Alcorão diz que era Ismael. O Alcorão ensina que foi Ismael a quem Abraão quase sacrificou ao Senhor, não Isaque (em contradição a Gênesis capítulo 22). Este debate sobre quem era o filho da promessa contribui para a hostilidade de hoje em dia.

No entanto, a antiga raiz de hostilidade entre Isaque e Ismael não explica toda a hostilidade entre os judeus e os árabes de hoje. Na verdade, por milhares de anos durante a história do Oriente Médio, os judeus e os árabes viveram em relativa paz e indiferença entre si. A causa primária da hostilidade tem uma origem moderna. Após a Segunda Guerra Mundial, quando as Nações Unidas deram uma porção da terra de Israel para o povo judeu, a terra na época era habitada principalmente por árabes (os palestinos). A maioria dos árabes protestou veementemente contra o fato da nação de Israel ocupar aquela terra. As nações árabes se uniram e atacaram Israel em uma tentativa de exterminá-los da terra – mas eles foram derrotados por Israel. Desde então, tem havido grande hostilidade entre Israel e seus vizinhos árabes. Se você olhar num mapa, Israel tem uma pequena faixa de terra e está cercado por nações árabes muito maiores, como a Jordânia, a Síria, a Arábia Saudita, o Iraque e o Egito. O nosso ponto de vista é que, biblicamente falando, Israel tem o direito de existir como uma nação em sua própria terra – Deus deu a terra de Israel aos descendentes de Jacó, neto de Abraão. Ao mesmo tempo, nós acreditamos que Israel deveria buscar a paz e mostrar respeito pelos seus vizinhos árabes. Salmos 122:6 declara: “Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam.”





A criação do Estado de Israel
Equipe Passeiweb

Se a existência de Israel atual é recente - a independência data de 1948 -, sua história é muito mais longa e se confunde com a do povo judeu e de seus antepassados, os hebreus, da Antiguidade. Pode-se aceitar que ela tenha começado com os patriarcas bíblicos, como Abraão, seu filho Isaac e seu neto Jacó, a quem, segundo o Gênesis (primeiro livro da Bíblia), Deus chamou de Israel.

O nome de Israel se estendeu a uma estreita faixa de terra onde viviam os descendentes de Jacó, entre o mar Mediterrâneo, a península Arábica e a Síria cerca de 2 mil anos antes de Cristo. Por se tratar de um local que constitui uma ponte natural entre a Ásia, a África e a Europa, a região foi sempre disputada e - da Antiguidade até meados do século 20 - os grandes impérios ali se impuseram: egípcios, assírios, babilônios, persas, gregos, romanos, bizantinos, árabes, turcos e ingleses.

Dispersão de um povo

Todas essas invasões resultaram na dispersão dos judeus pelo mundo, em especial a partir de 70 d.C., quando este povo promoveu uma grande rebelião contra o domínio romano. As legiões de Roma reprimiram duramente a revolta e incendiaram o templo de Jerusalém, um símbolo da unidade política e religiosa hebraica. Somente uma parte do muro exterior continua de pé até hoje, constituindo um grande monumento religioso do judaísmo.


Muro das Lamentações, Jerusalém. Este lugar é o que sobrou do segundo templo da história antiga judaica, destruído
em 70 d.C.
 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

De qualquer modo, mesmo dispersos, sem um território que os abrigasse, os judeus conseguiram se manter como um povo ou uma nação, devido ao imenso apego às suas tradições religiosas e culturais, além de uma esperança - ainda que remota - de um dia retornar a Israel, a "Terra (a eles) prometida (por Deus)", de acordo com a tradição bíblica.

Em 2 mil anos de exílio, os judeus sempre constituíram minorias em outros países, sendo constantemente discriminados e perseguidos. O cristianismo, após tornar-se a religião oficial do Império romano, contribuiu bastante para isso, retirando a culpa da crucificação de Jesus que pesava sobre Roma e atribuindo-a aos judeus, que passaram a ser vistos como os "assassinos de Cristo". Não é difícil imaginar o que lhes aconteceu durante a Idade Média ou a Contra-Reforma, quando a Igreja Católica imperava.

O sionismo


Theodor Herzl
Em meados do século 19, a maior parte dos judeus se encontrava nos países da Europa oriental, como a Polônia, a Lituânia, a Hungria e a Rússia. Nessa época, a antiga Israel era uma província do Império turco, denominada Palestina. Ao mesmo tempo, uma onda de nacionalismo atingia a Europa com a unificação da Itália e da Alemanha.

Desenvolveu-se, então, também entre os judeus um movimento nacionalista que se orientava pela ideia de recriar uma nação judaica no território de sua pátria ancestral. O movimento recebeu o nome de sionismo, que se origina de Sion, a antiga designação de uma colina de Jerusalém que passou a denominar esta mesma cidade bem como a própria Israel.

Na Basileia, Suíça, em 1897, teve lugar o 1º Congresso Sionista, presidido por Theodor Herzl, o fundador do movimento. Seu objetivo era obter um documento reconhecido internacionalmente que legitimasse o estabelecimento dos judeus na Palestina. As comunidades judaicas da Europa ocidental - ricas e bem integradas às nações onde estavam - contribuíram para levar o projeto adiante.

Pântanos e desertos

Milionários judeus - como a célebre família Rothschild - doaram dinheiro para se comprarem terras dos proprietários árabes da região. Embora se tratasse de uma área de pântanos e desertos, muitos jovens judeus da Europa oriental se dispuseram a colonizá-la, para escapar às perseguições e à falta de perspectivas nos países onde viviam. Na nova/antiga pátria, adotaram o velho idioma hebraico como língua comum.

No começo, não houve oposição ao projeto por parte dos árabes, que vendiam os terrenos e conviviam pacificamente com seus compradores. Assim, novas levas de imigrantes judeus foram chegando à Palestina entre 1904 e 1914. A eclosão da Primeira Guerra Mundial alterou o equilíbrio da região e comprometeu as relações entre árabes e judeus, que já chegavam ao número de 60 mil.

Devido ao petróleo, que já se transformara em fonte essencial de energia para o mundo, o Oriente Médio tornou-se foco de disputa entre as grandes potências envolvidas no conflito. O controle do petróleo poderia assegurar a vitória de uma das partes em guerra. Para enfrentar seus inimigos alemães e turcos, a Inglaterra armou os árabes. 

Mandato britânico


Membros do Haganah expulsando árabes palestinos de Haifa, abril 1948.
Com o fim da Primeira Guerra, o Império britânico, vitorioso, impôs seu poder em todo o Oriente Médio. Seu domínio foi marcado pelo desenvolvimento da economia e da infraestrutura da região (ferrovias, rodovias, sistemas de abastecimento de água etc.), atraindo novas levas de imigrantes judeus.

Em 1931, eles já eram cerca de 170 mil e suas colônias agrícolas progrediam assim como suas cidades, Jerusalém, Tel Aviv e Haifa, onde se construíam fábricas, escolas e hospitais. Data desse momento a deterioração da relação entre árabes e judeus. A elite árabe não via com bons olhos os ideais democráticos judaicos nem a modernização social que eles promoviam.

Líderes de comunidades árabes da Palestina passaram a incitar seu povo contra os "invasores ocidentais". Vieram as primeiras agressões. Os ingleses, a princípio, mantiveram-se omissos. Depois, para preservar seus interesses petrolíferos, procuraram agradar os árabes, limitando a imigração de judeus e a compra de terras na Palestina.

Por sua vez, para se defenderem, os judeus criaram um exército, a Haganah ("defesa", em hebraico), que se manteve na clandestinidade desde sua fundação, em 1920, até a independência de Israel, 28 anos depois.

Segunda Guerra Mundial


Tropas nazistas começam o embarque em comboios de judeus presos em diversos campos de concentração espalhados
pela Europa ocupada. O destino deles é o campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, onde três milhões de pessoas
morreriam até ao fim da Segunda Guerra Mundial.
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Segunda Guerra Mundial gerou nova reviravolta no Oriente Médio. Fascistas italianos e nazistas alemães apoiaram os árabes com armas e dinheiro para combater ingleses e judeus. Estes, apesar da posição hostil da Inglaterra, aliaram-se a ela em combate ao inimigo comum.

Entretanto, em 1942, quando circularam notícias dos campos de extermínio na Europa, grupos judeus passaram a enfrentar tanto árabes quanto britânicos e a Haganah passou a trabalhar pelo fim do Mandato britânico na Palestina, bem como criou um serviço de imigração ilegal para Israel.

Com o fim da Segunda Guerra, as organizações judaicas passaram a resgatar os que escaparam do holocausto nazista e a embarcá-los clandestinamente para Israel. A Inglaterra tentou impedir o desembarque dos refugiados, num dos episódios mais vergonhosos da sua história. Afinal, tratava-se dos sobreviventes de um dos mais cruéis massacres da história.

A pressão internacional, os altos custos miliatres de ocupação da Palestina e ações guerrilheiras de grupos judeus forçaram a Grã-Bretanha a levar a questão para a recém-fundada Organização das Nações Unidas.

Protestos 

Os árabes protestaram fortemente e questionaram a competência da Assembleia Geral para decidir o futuro da região, alegando que, mesmo após a promoção da imigração em massa de judeus, a população árabe da Palestina ainda representava 70% do povo da região. 

A Comissão das Nações Unidas foi formada por Canadá, Tchecoslováquia, Guatemala, Países Baixos, Peru, Suécia, Uruguai, India, Irã e Iugoslávia. Membros dos países visitaram a Palestina em junho de 1947, para ouvir os projetos dos sionistas e dos árabes palestinos. 

Após três meses de investigação, em agosto de 1947, a Comissão apresentou seu parecer com a tese judaica e a árabe. A tese judaica defendia o estabelecimento de um Estado judeu na Palestina. Segundo essa tese, "a fundação do Estado judeu e a imigração sem restrições estão ligadas indissoluvelmente". A nação seria um abrigo aos judeus refugiados da Europa que compensariam a diferença numérica em relação à população árabe. 

A tese árabe defendia a independência palestina, reivindicando o direito "natural" da maioria árabe de "permanecer na possessão indiscutível de seu país, posto que está e tem estado durante muitos séculos em possessão daquela terra". Como argumento, apresentaram os direitos "naturais" do povo que habitou a Palestina, sem interrupção, desde muitos séculos. 

A proposta apresentada pela maioria dos países integrantes Comissão defendia a divisão da região em um Estado árabe independente e um Estado judeu independente e a internacionalização de Jerusalém - por seu valor histórico e cultural para as religiões monoteístas-, após um período de transição de dois anos. 

Ao todo 25 países, incluindo o Brasil, votaram a favor da criação dos Estados independentes, movimento que culminou com a fundação de Israel. 

Fontes: Jornal O Estado de S. Paulo Enciclopédia Britânica | Ministério de Relações Exteriores de Israel | Realidades de Israel (publicação do Centro de Informação de Israel) | The Israel Project | Revista Época | TV Cultura | Jornal Folha de S. Paulo





A independência de Israel
Equipe Passeiweb

Quando a ONU propusesse uma solução de consenso, a Inglaterra abriria mão de seu Mandato na Palestina. Em abril de 1947, um Comitê Especial das Nações Unidas propôs a partilha da Palestina em um Estado judeu (já com cerca de 650 mil habitantes) e um Estado árabe-palestino (com o dobro dessa população).

O nascimento de uma nação: palco improvisado, estrelas de Davi e a histórica declaração do patriarca David Ben-Gurion
 

 

 

 

 

 

 

 

 

A 14 de maio de 1948, seis horas antes do término oficial do Mandato britânico, David Ben Gurion, que seria o primeiro governante israelense, leu a declaração de Independência de Israel. Os Estados Unidos e a União Soviética, as potências do pós-guerra, reconheceram rapidamente o novo Estado. 

Porém, já no dia seguinte à independência, os árabes se uniram para atacar Israel. Os judeus resistiram e venceram seus adversários. Na guerra, conquistaram 78% do antigo território palestino (22% a mais do que previa o plano de partilha da ONU para alojar a população árabe). Em 1949, firmou-se um primeiro acordo de paz entre os árabes e o Estado de Israel, já reconhecido pela comunidade internacional, inclusive o Brasil.

Infelizmente, a paz e a convivência harmoniosa entre os povos da região não teve continuidade até hoje, assim como o Estado Palestino ainda não conseguiu ser efetivamente criado. De meados do século 20 até o início do século 21, a história de Israel e do Oriente Médio é marcada por tantos problemas e conflitos que constitui uma nova epopeia, quase tão longa quanto a dos 5 mil anos anteriores.

Guerra da Independência 

Com a comunidade já organizada social e politicamente, demorou apenas alguns meses até que a decisão da partilha das terras palestinas pela ONU fosse oficializada em Estado de Israel. O movimento de independência foi organizado pelos sionistas de esquerda, que tinham em David Ben Gurion seu líder. 


Assentamento israelense na faixa de Gaza, um dos
territórios ocupados por Israel
Assim, em 08 de maio de 1948, menos de cinco meses após a votação da ONU, Gurion assumia como líder do mais novo país, com a aprovação da comunidade judaica. Mas não houve tempo para celebrações. Em menos de um dia da fundação, Israel foi invadido por cinco nações vizinhas árabes - Egito, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano-, além dos árabes palestinos, que não concordavam com a fundação do Estado judeu em uma região predominantemente árabe. 

A Guerra da Independência, como ficou conhecida, foi a primeira grande prova do novo país e apenas uma amostra da trajetória de guerras e conflitos na qual Israel entrava. Forças de Defesa de Israel, embora pobremente equipadas, derrotaram os invasores em lutas que se prolongaram por 15 meses e deixaram um saldo de 6.000 israelenses mortos, quase 1% da população judaica no país à época. 

Nos primeiros meses de 1949, realizaram-se negociações diretas, sob os cuidados da ONU, entre Israel e cada um dos países invasores (exceto o Iraque, que se recusa a negociar com Israel até os dias atuais). O resultado foi a assinatura de acordos de armistício, que refletiam as posições no final dos combates entre as nações. 

Estado institucionalizado 

A fundação de Israel, em 1948 apenas institucionalizou uma comunidade de cerca de 650 mil pessoas já organizada, com instituições políticas, sociais e econômicas bem desenvolvidas. 

Quando a Liga das Nações (hoje Organização das Nações Unidas - ONU) concedeu o mandato britânico sobre a Palestina, em 1922, recomendou ao país que criasse na região um "lar judaico, em reconhecimento à ligação histórica do povo judeu com a Palestina". 

Motivados pelo sionismo e pela "simpatia para com as aspirações sionistas dos judeus" expressa pela ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Lord Balfour, milhares de judeus partiram para as terras palestinas. 

Entre 1919 e 1923, cerca de 35 mil judeus chegaram à região, principalmente vindos da Rússia, e tiveram uma influência direta na organização da sociedade judaica nos anos seguintes. A onda seguinte, entre 1924 e 1932 trouxe cerca de 60 mil pessoas de toda Europa Oriental. Estes imigrantes, muitos dos quais eram profissionais formados e acadêmicos, foram responsáveis pela ampliação da vida cultural me econômica da comunidade judaica na região. 

Economia 

As autoridades do Mandato Britânico outorgaram aos judeus e árabes o direito de gerirem seus próprios assuntos internos. Com este direito, a comunidade judaica elegeu, em 1920, um governo autônomo baseado na representação partidária: Assembleia dos Eleitos. 

Ela se reunia anualmente para avaliar suas atividades e eleger os representantes executivos, o Conselho Nacional, que implementava a política definida pelo legislativo. 

Financiados por recursos da economia local e verbas levantadas pelo mundo judaico, os recém-chegados fundaram kibutz (fazendas coletivas) e cidades, criaram uma infra-estrutura econômica e de serviços básicos e lançaram a luta pela independência política, conhecida como sionismo. 

Faltava apenas a oficialização de sua independência do povo palestino, que, embora tenha sido muito celebrada pela comunidade judaica não foi aceita pelos árabes, entre os quais a data da fundação de Israel é conhecida como "Al Naqba", dia da catástrofe.

Consolidação 


Ex-premiê David Ben Gurion durante
viagem por bases militares de Israel
Assim, a planície costeira, a região da Galileia (norte) e todo o Negev ficaram sob soberania israelense, a Judeia e a Samaria (na margem ocidental) ficaram sob o domínio da Jordânia, a faixa de Gaza coube aos egípcios e a cidade de Jerusalém ficou dividida, cabendo à Jordânia o controle da parte oriental, inclusive a Cidade Velha, e a Israel, o setor ocidental da cidade. Com o fim da Guerra da Independência e o novo estabelecimento de fronteiras para o Estado, Israel concentrou seus esforços na construção de uma infra-estrutura capaz de governar o novo país. O primeiro Knesset (Parlamento) de 120 cadeiras entrou em funcionamento após as eleições nacionais ocorridas em 25 de janeiro de 1949 e com a participação de quase 85% dos eleitores. 

Gurion, que já havia assumido o poder com a declaração do Estado, confirmou seu posto como primeiro-ministro e Chaim Weizmann, presidente da Organização Sionista Mundial, tornou-se o primeiro presidente eleito pelo Knesset. 

Logo depois, em 11 de maio de 1949, Israel tornou-se o 59º membro das Nações Unidas. 

Fontes: Jornal O Estado de S. Paulo Enciclopédia Britânica | Ministério de Relações Exteriores de Israel | Realidades de Israel (publicação do Centro de Informação de Israel) | The Israel Project | Revista Época | TV Cultura | Jornal Folha de S. Paulo




Veja histórico de acordos de paz para o Oriente Médio
BBC Brasil


Israelenses e palestinos realizaram diversas
tentativas de alcançar a paz
Em mais de 40 anos desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, houve diversos planos e negociações de paz no Oriente Médio. 

Alguns foram considerados bem-sucedidos, como os firmados entre Israel e Egito e entre Israel e Jordânia, mas a disputa central entre israelenses e palestinos ainda não foi resolvida. O analista da BBC, Paul Reynolds, explica as principais propostas de paz e o que aconteceu com elas.

Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU, 1967

A resolução encarna o princípio que tem guiado a maioria dos planos subsequentes: a troca de terra por paz.

Ela pedia “a saída das Forças Armadas israelenses dos territórios ocupados no conflito daquele ano, como Jerusalém Oriental, a península do Sinai, Cisjordânia e as colinas de Golã, e o “respeito pela soberania, integridade territorial e independência política de cada Estado na região e seu direito de viver em paz”.

Mas a resolução é famosa por sua imprecisão ao pedir a retirada israelense de “territórios”. Israel argumentou que isso não significava necessariamente a retirada de todos os locais ocupados.


O acordo mediado por Carter foi considerado
um dos mais bem-sucedidos
Camp David (EUA), 1978

Houve diversos planos de paz após 1967, mas nada de significativo aconteceu até depois da guerra de 1973, que abriu espaço para uma nova iniciativa pela paz, como mostra a visita a Jerusalém do então presidente egípcio, Anwar Sadat, em novembro de 1977.

O presidente dos EUA na época, Jimmy Carter (1977-81), capitalizou em cima desse espírito e convidou Sadat e o então premiê israelense, Menachem Begin, para conversas em Camp David.

O primeiro acordo expandia a resolução 242, pedia negociações multilaterais para resolver o “problema palestino”, falava em um tratado entre Israel e Egito e instava a assinatura de outros tratados entre Israel e seus vizinhos. Mas a fraqueza deste primeiro acordo foi que os palestinos não participaram das negociações.

O segundo acordo tratava da paz entre Israel e Egito, o que ocorreu em 1979, com a saída de Israel da península do Sinai, ocupada desde 1967. Isso resultou no primeiro reconhecimento do Estado de Israel por parte de um país árabe.

São talvez as mais bem-sucedidas conversas do processo de paz. O acordo durou, apesar de tensões posteriores entre Israel e Egito e de Sadat ter sido assassinado.

Conferência de Madri, 1991

Resultou em um tratado de paz entre Israel e Jordânia em 1994, mas as conversas israelenses com o Líbano e a Síria avançaram pouco desde então, complicadas por disputas de fronteira e pela guerra de 2006 entre Israel e militantes libaneses do Hezbollah.


Israelenses e palestinos reconheceram-se
mutuamente em 1993
Acordo de Oslo, 1993

As negociações de Oslo tentaram contemplar o que faltara em todas as conversas prévias, como um acordo direto entre israelenses e palestinos, representados pela OLP (Organização pela Libertação da Palestina). Sua importância é que resultou no reconhecimento mútuo entre Israel e a OLP.

O acordo estipulava que tropas israelenses deixariam a Cisjordânia e Gaza, que um governo interino palestino seria montado para um período de transição de cinco anos, abrindo caminho para a formação de um Estado palestino.

O grupo Hamas e outros palestinos não aceitaram os termos de Oslo e iniciaram ataques suicidas contra Israel, que por sua vez enfrentou a oposição de colonos israelenses e outros setores da sociedade.

O acordo foi assinado em 1993, na Casa Branca, onde, sob a mediação do presidente americano Bill Clinton, Yasser Arafat, líder da OLP, e Yitzhak Rabin, premiê israelense, apertaram as mãos. Mas seus termos foram apenas parcialmente implementados.


Barak (esquerda) e Arafat não se entenderam em 2000
Camp David, 2000

O objetivo de Clinton era tratar de temas como fronteiras, Jerusalém e refugiados, que haviam sido deixados de lado em Oslo.

Mas não houve acordo entre Arafat e o então premiê de Israel, Ehud Barak. O problema foi que o máximo oferecido por Israel era menos do que o mínimo que os palestinos estavam prontos para aceitar.

Israel ofereceu a faixa de Gaza, uma grande parte da Cisjordânia e terras do deserto de Negev, mas mantendo grandes assentamentos em Jerusalém Oriental. Os palestinos queriam começar com a reversão das fronteiras determinadas pela guerra de 1967 e pediam o reconhecimento do “ direito de retornar” dos refugiados palestinos.

O fracasso de Camp David foi seguido pelo segundo levante palestino conhecida como Intifada.

Taba, 2001

Houve mais flexibilidade quanto à questão territorial, mas um comunicado posterior dizia ter sido “impossível chegar a um entendimento em todas as questões”.

Com a eleição de Ariel Sharon em Israel, em 2001, o acordo foi abandonado.

Iniciativa de Paz Árabe, 2002

Após o fracasso dos diálogos bilaterais e da volta dos conflitos, o plano saudita retomou uma abordagem multilateral e sinalizou o interesse árabe em pôr fim às disputas ente israelenses e palestinos.

Segundo o plano, as fronteiras voltariam à configuração de 1967, um Estado palestino seria estabelecido em Gaza e Cisjordânia e haveria uma “solução justa” ao problema dos refugiados. Em troca, os países árabes reconheceriam Israel.

Sua força é o apoio árabe à solução de dois Estados. Sua fraqueza é que instou as partes a negociar os mesmos temas em que elas haviam falhado até então.

Mapa da Paz, 2003

O plano proposto pelo “Quarteto” (EUA, Rússia, União Europeia e ONU) que negocia a paz no Oriente Médio, não dá detalhes sobre um acordo final, mas sim diretrizes sobre como chegar a ele.

A proposta foi precedida de um comunicado, em junho de 2002, de George W. Bush, que propunha fases para pôr a segurança antes de um acordo final:

- Fase 1: Declaração dos dois lados apoiando a solução de dois Estados. Palestinos poriam fim à violência e agiriam contra os que estivessem “engajados no terror”, criariam uma Constituição e fariam eleições; israelenses parariam de construir assentamentos ou ampliar os já existentes e conteriam ações militares

- Fase 2: Criação de um Estado palestino, em conferência internacional, com “fronteiras provisórias”

- Fase 3: Conversas finais

O Mapa da Paz não foi implementado, mas segue sendo um ponto de referência para as negociações.

Acordo de Genebra, 2003

Revisa os conceitos do Mapa da Paz em que a segurança e a confiança precederiam um acordo político.

O maior compromisso de Genebra era que os palestinos desistissem de seu “ direito de retorno” em troca de praticamente toda a Cisjordânia. Israel desistiria de grandes assentamentos, como Ariel, mas manteria outros perto da fronteira.

Os palestinos teriam sua capital em Jerusalém Oriental, mas Israel manteria a soberania sobre o Muro das Lamentações, na Cidade Velha.


As negociações de 2007 foram interrompidas
após a ofensiva israelense em Gaza
Annapolis (EUA), 2007

O premiê israelense Ehud Olmert e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, participaram de negociações com o Quarteto e mais de uma dúzia de países árabes.

Mas o Hamas, que ganhara as eleições parlamentares em Gaza em 2006 e dominara no ano seguinte a região, não estava representado e disse que não se comprometeria com nenhuma decisão tomada em Annapolis.

Após um comunicado conjunto, Olmert e Abbas tiveram reuniões regulares para acordar questões de fronteira, mas as negociações foram interrompidas pela ofensiva militar israelense em Gaza no final de 2008.




Islã e Ocidente: o abismo entre dois mundos
Revista Veja

Desafio para o Islã e para o Ocidente é conviver com diferenças

Palestinos queimam bandeira da Dinamarca em Jerusalém, em
protesto contra publicação de charges de Maomé por jornal
do país europeu, em 2006
Dez charges colocaram o mundo em clima de alerta no ano de 2006. Publicadas num pequeno jornal da pacata Dinamarca no final do ano anterior, as ilustrações representavam a imagem do profeta Maomé - o que não é aceito pela religião islâmica. Seria um episódio breve não tivesse desencadeado uma histérica reação diplomática dos países muçulmanos, boicotes econômicos, multidões enfurecidas e ameaças de morte, que mostraram que o fosso de valores, idéias e hábitos entre o mundo islâmico e o Ocidente se aprofundou perigosamente. Desde a Guerra Fria, não se via com tanta clareza a existência de dois mundos crescentemente hostis e que, rapidamente, esquecem o muito que têm em comum exacerbando o pouco, mas fundamental, que os separa.

O fanatismo religioso tem diminuído as chances de diálogo entre Ocidente e o Islã. O convívio poderia ser harmonioso e mutuamente enriquecedor não fosse o fato de que o poder crescente dos fanáticos esmaga os mais moderados e transigentes. O caso das charges é exemplar por ter colocado em foco alguns dos mais agudos pontos de ruptura entre os dois lados: liberdade de expressão, direitos humanos e o que o americano Samuel P. Huntington, professor de Harvard, chamou de "choque de civilizações". A questão que se coloca atualmente é: a religião do Islã é ou não compatível com a sociedade moderna e secular?

Boa parte da incompatibilidade do mundo muçulmano com o Ocidente moderno se explica pela noção de que no Islã político não deve haver separação entre vida pública e vida privada, entre religião e política. O diálogo fica difícil com quem se recusa a aceitar que as escolhas humanas possam estar acima das leis que considera emanadas por seu deus. Do lado ocidental, a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, parece feita sob medida para reforçar o sentimento generalizado entre os muçulmanos de que o mundo os persegue.

Expressões desse conflito podem ser vistas ainda em outros episódios recentes. De tempos em tempos, os terroristas da Al Qaeda apareceram na televisão com ameaças de novos atentados em sua jihad contra os "cruzados" e judeus. O Irã e seu presidente-bomba ameaçam desenvolver um arsenal nuclear para derrotar o "satã" - sim, o Ocidente e seus valores. Protestos clamando por sangue explodiram em ruas do Oriente Médio depois que o papa Bento XVI fez um simples comentário acerca de um texto medieval que criticava a disposição de Maomé ao conflito. Recuando apenas alguns anos, encontramos a sentença de morte decretada pelo aiatolá Khomeini contra o escritor britânico Salman Rushdie, por considerar o livro Os Versos Satânicos uma "blasfêmia".

Os crimes e as ameaças são, obviamente, obra de fanáticos, mesmo quando ocupam altos cargos em Estados islâmicos. Desde o 11 de Setembro - um divisor de águas da História e outro marco do choque atual -, um esforço enorme é feito por muçulmanos e não-muçulmanos para separar o fanatismo de Osama bin Laden da fé moderada e pacífica da maioria dos muçulmanos. Afinal, ocidentais e islâmicos estão fadados à convivência. A influência do mundo moderno penetra no cotidiano de muçulmanos e vice-versa. Prova disso são os sopros de modernidade que atravessam nações como Líbano e Turquia - ainda que os tropeços ainda sejam graves. Outro exemplo da coexistência é a adaptação de seguidores de Alá residentes nos Estados Unidos e também no Brasil. Só na Europa, vivem mais de 15 milhões de muçulmanos.

O Ocidente olha para o mundo muçulmano com desconfiança. Teme suas encrencas, suas mulheres cobertas de véus e seus homens-bombas. O mundo muçulmano tem sido contaminado, nas últimas décadas, por uma versão fantasiosa do mundo ocidental, divulgada pelos mulás nas mesquitas: um lugar eficiente, mas sem Deus e, portanto, sem alma. Não há nenhuma razão insuperável pela qual muçulmanos e ocidentais não possam conviver pacificamente. Isso exigiria que cada parte examinasse suas idéias sobre a outra. Em especial, contudo, os muçulmanos precisariam encontrar um jeito de se ajustar à vida moderna.

Antecedentes: A luta por espaço e influência vem das Cruzadas


Ilustração de batalha entre cristãos e muçulmanos da Primeira Cruzada
Em meio à luta contra o terror detonada pelo 11 de Setembro, o então presidente americano George W. Bush referiu-se à empreitada da coalização ocidental no Oriente Médio e no Afeganistão como uma "cruzada". A declaração tingiu uma batalha legítima contra o radicalismo com cores de anti-islamismo, trazendo à tona lembranças dos mais duros embates entre cristãos e o Oriente Médio, entre Ocidente e o Islã: as Cruzadas da Idade Média. Há um sentido útil nisso, porém: recuar no tempo pode ajudar a compreender a luta por espaço e influência exacerbada a partir do século XI - há 1.000 anos, portanto - quando os primeiro católicos tentaram tomar Jerusalém dos muçulmanos.

Por muito tempo, o Ocidente praticamente não existiu nos pensamentos dos muçulmanos - e não havia mesmo razão para que os orientais se ocupassem dele. Nascido na Península Arábia, o Islã vinha alargando suas fronteiras desde o século VII. Às vezes pelo fio da espada, mas mais freqüentemente pela simples adesão à fé do profeta Maomé. Os muçulmanos estavam estabelecidos no sul da Espanha e na Sicília, de onde os cristãos já começavam a desalojá-los. A leste, haviam englobado uma porção do que antes fora a Cristandade - inclusive Jerusalém, ocupada em 638. Mas as linhas fronteiriças com o mundo cristão eram estáveis. Não havia nelas, no geral, um estado de guerra. Boa parte do crédito cabe ao Islã, que praticava a tolerância religiosa e mantinha Jerusalém aberta "às três fés de Abraão" - o islamismo, o cristianismo e o judaísmo. No século XI, porém, a balança pendeu para o lado do conflito armado. Tribos nômades de turcos seljuk abocanharam toda a Ásia Menor (a moderna Turquia), reduzindo o Império Bizantino quase que só à Grécia e à Constantinopla (hoje Istambul).

O imperador de Bizâncio pediu socorro, e foi ouvido pela Europa. Em 1095, o papa Urbano II atendeu ao apelo do imperador com um chamado para as Cruzadas, estabelecendo as seguintes metas: recuperar os locais sagrados do cristianismo e garantir a passagem de peregrinos para a Terra Santa. Quem tomasse a cruz para socorrer seus irmãos ganharia em troca a salvação. No total, oito Cruzadas se seguiram, entre 1095 e 1291. Elas garantiram a cristão e islâmicos vitórias relativas e derrotas substantivas: estima-se que ao redor de 1 milhão de pessoas morreram de cada lado. Jerusalém passou ao controle provisório dos cristão em períodos desse intervalo, mas, ao final dele, retornou às mãos dos muçulmanos.

No fim do século XIII, o vitorioso foi o Islã, que conseguiu expulsar todos os cruzados de seus domínios. Entretanto, hoje, quase 1.000 anos depois, a sensação que ocidentais e muçulmanos têm é a de que o Islã foi o grande perdedor do movimento deflagrado pelos papas católicos. O enorme poder simbólico das Cruzadas para os árabes do presente foi insuflado com a ajuda decisiva dos próprios colonialistas ocidentais do século XIX, que adoravam usar imagens do período medieval para caracterizar suas conquistas. Ao entrar em Jerusalém pela primeira vez em sete séculos com um exército cristão, em 1917, o general inglês Edmund Allenby teria declarado que "agora, sim, as Cruzadas terminaram". A revista inglesa Punch, então popularíssima, não perdeu tempo em retratá-lo como Ricardo Coração-de-Leão, o maior herói cristão das Cruzadas, numa caricatura célebre - e também das mais ofensivas aos sentimentos árabes. Não é de estranhar, portanto, que os palestinos dos dias de hoje, em guerra pelo território em que cristãos e muçulmanos se enfrentaram há quase 1.000 anos, se vejam como parte desse mesmo conflito.

Hoje, o cristianismo, o islamismo e o judaísmo são religiões globalizadas, cujos seguidores se mostram capazes de conviver de forma pacífica e proveitosa em vários pontos do planeta. Exatamente como em períodos e regiões do passado. Entre o século VIII e o XV, por exemplo, os mouros criaram na Península Ibérica um exemplo não livre de tensão, mas ainda assim florescente, daquilo que o contato entre as civilizações pode produzir: o reino de al-Andalus, que legou para o presente bem mais do que as maravilhas arquitetônicas de Granada, Sevilha e Córdoba, o sabor do gaspacho ou a música e a dança flamencas. Foi por meio da convivência entre muçulmanos, cristãos e judeus em al-Andalus, também, que fincaram pé no continente tradições das quais ninguém sonharia abrir mão, como a diplomacia, a tolerância religiosa, o livre-comércio e a pesquisa acadêmica e científica. Se o mundo medieval foi capaz de 800 anos de relativa harmonia, não há desculpa para que o mundo moderno não se empenhe em restabelecê-la.

Perspectivas: Sopro de modernização do Islã é chance de diálogo


Papa Bento XVI pede conciliação aos islâmicos
Entre bombas e declarações oficiais atravessadas, o Ocidente e os países de maioria islâmica têm ensaiado aproximações. As oportunidades parecem tanto mais promissoras quanto mais livres (ou menos fechadas) são as sociedades sob a lei de Alá. Líbano, Catar e até o Iraque, entre outras nações, foram atravessadas recentemente por sopros de modernidade que incluíram tentativas de democracia. A realidade, sem dúvida, está distante do desejado. Mas a abertura para o diálogo dentro dessas nações e delas com o mundo ainda é a grande esperança para a construção de uma ponte entre os dois mundos.

Antes de ser duramente bombardeados pelos israelenses, os libaneses foram às ruas carregando cartazes de líderes ocidentais. O protesto não era contra o então presidente americano George W. Bush, o francês Jacques Chirac e o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Ao contrário, os moradores de Beirute reconheciam a importância daqueles políticos durante as negociações que desaguaram na retirada das tropas sírias do Líbano após quase 30 anos de ocupação. No Catar, pequeno emirado do Golfo Pérsico, o protesto que ganhou as ruas foi em reprovação a um atentado do fanatismo religioso. No Iraque pós-derrubada de Saddam Hussein e pós-eleições para o Parlamento, milhares se dirigiram para a Embaixada da Jordânia, acusada de facilitar a entrada no país das ondas de suicidas que, em nome da guerra aos Estados Unidos, trucidam diariamente civis iraquianos.

As cenas inéditas certamente não significam que o Oriente Médio esteja ingressando em peso numa era democrática. Mas flertando com a democracia com o incentivo do Ocidente, esses países deram vez a vozes que antes eram caladas. E elas resolveram se expressar não por meio de bombas - mas de palavras e de pressão política. As cenas também não significam que os Estados Unidos tenham se tornado um modelo de altruísmo, disposto a espalhar a mensagem democrática em nome da confraternização universal. Os objetivos americanos são conhecidos e permanentes: garantir que o petróleo continue fluindo, que os países do Oriente Médio onde ele jorra como água não sejam engolfados pelo caos e que não produzam os fanáticos terroristas dispostos a atacar.

O 11 de Setembro comprovou que o terceiro item da lista estava dando terrivelmente errado. A aliança com regimes autoritários mas confiáveis, que durante décadas havia garantido a estabilidade, não funcionava mais a contento? Vassoura nele, decidiram os dirigentes americanos, com irretorquível pragmatismo. E o que fazer para atacar o problema de fundo, o X da questão, o coração da matéria: o ódio visceral aos Estados Unidos? Nada melhor do que a democracia, como detergente antifanatismo.

Cabe lembrar, porém, que a democracia exige dedicação e cuidados diários. Os desafios à sua implantação na região são enormes - e nada indica que, no futuro, serão menores. Provas disso aparecem aos montes quase todos os dias. Os palestinos escolheram um moderado como presidente de sua Autoridade Nacional, Mahmoud Abbas, porque sabiam o que ele queria: levar adiante o processo de acomodação com Israel. Meses depois, porém, os mesmos palestinos foram às urnas e depositaram suas esperanças no Hamas, que prega a intolerância e o aniquilamento dos judeus. No Iraque, a situação é semelhante: depois de eleições democráticas para um governo de coalizão, o país segue afundado em uma luta fratricida patrocinada pelos radicais de várias tendências. Mesmo os Estados Unidos ainda estudam qual caminho seguir.

A abertura no Oriente Médio pode parecer timidíssima. Esperar que todo o mundo árabe entre em uníssono na dança da abertura democrática seria de uma ingenuidade quase insana. As disparidades são imensas quando se fala de um universo de 304 milhões de pessoas (374 milhões se incluído o Irã, que não é árabe mas está na mesma zona geopolítica), em dezessete países, com um PIB de 680 bilhões de dólares, gerados por produtos que vão das tâmaras ao petróleo. Mas a similaridade de língua, religião e matriz cultural cria um efeito contágio considerável. 



DETALHES APARECIMENTO GLORIOSO DE JESUS CRISTO

OS DETALHES APARECIMENTO GLORIOSO DE JESUS CRISTO DESCRITOS NA BÍBLIA

O aparecimento glorioso de Jesus será público e notório. Muito diferente do arrebatamento, onde somente os crentes o verão. Clique aqui e saiba quais são as diferenças entre o arrebatamento e o aparecimento glorioso.
Em Mateus 24, está a descrição mais detalhada de todas, dita pelo próprio Senhor Jesus Cristo:
  • Mateus 24:27
    "Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem."
  • Mateus 24:29-31
    "E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória[em brilho e esplendor]. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos (os Seus eleitos) desde os quatro ventos, [exatamente] de uma à outra extremidade dos céus."
Isto significa que TODOS VERÃO A JESUS CRISTO! E isto acontecerá imediatamente após os sete anos de Tribulação.
Conforme o próprio Senhor Jesus disse acima, todas as nações do mundo se lamentarão porque as mesmas não criam em Jesus e agora o vêem voltando para seu reinado.
Israel também chorará de tristeza porque rejeitou, durante toda a história, Jesus como o verdadeiro messias. Paulo dá um exemplo de como estava arrependido de época em que perseguia a Jesus, e expressa este mesmo sentimento em 2 Coríntios 12:10-12:
"Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco[em fraqueza humana] então sou [realmente] forte (capaz, poderoso em força divina) . Fui néscio em gloriar-me; vós me constrangestes. Eu devia ter sido louvado por vós, visto que em nada fui inferior aos mais excelentes[porém falsos] apóstolos [vossos], ainda que nada (ninguém) sou. Os sinais do meu apostolado [genuíno] foram manifestados entre vós com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas. "
Portanto, haverá um desespero total por parte de todos que rejeitaram Jesus, porque vêem sua volta, e sabem que não haverá mais tempo de aceitá-lo. Os sete anos de Tribulação anteriores foram a última chance dada por Deus para se aceitar a Jesus como Senhor e Salvador.
Momentos antes de sua crucificação, Jesus prediz novamente sua segunda vinda, em Mateus 26:62-65:
"E, levantando-se o sumo sacerdote, disse-lhe: Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti? Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu. Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia."




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